Caros colegas, eu tinha decidido não compartilhar dessa farsa promovida por alguns “gestores” da UFRN diante dos últimos fatos acontecidos em virtude da reunião do CONSUNI em que seriam entregues na bandeja os hospitais universitários à empresa de capital privado EBSERH. Mas diante de tantas notas lançadas por esses chefes de sei lá o que, me senti na obrigação de escrev
er alguma coisa.

Na verdade o que essas notas estão tentando é “apagar” da memória coletiva, a verdade única nessa história toda que é: um servidor (alguns não gostam de ser chamados assim) da UFRN, professor destemperado, despreparado para lidar com os problemas inerentes ao cargo que ocupa e à função que exerce, agrediu de forma inesperada para não usar outros adjetivos, outro servidor da UFRN, técnico-administrativo dentro da instituição. Isso é falta gravíssima que pode inclusive ter como consequencia a perda do cargo.
Por isso, essa profusão de notas tentando inverter a verdade dos fatos, utilizando a máxima de Joseph Goebls, ideólogo maior do nazismo, para quem uma mentira falada insistentemente, torna-se uma verdade. É isso que esses “gestores” estão tentando fazer. Se não bastassem as notas, estão se reunindo com técnicos que não estavam presentes nos acontecimentos, falando apenas do episódio do CONSUNI, esquecendo-se do Day after, onde ocorreu o fato mais lamentável dessa história toda: a agressão infame de um pró-reitor da UFRN a um técnico-administrativo, dirigente sindical, conselheiro do CONSUNI e vereador eleito da cidade de Natal.
Nesta sanha de “goebelizar” os acontecimentos fazem de tudo através das notas mal intencionadas. Desqualificam estudantes de uma escola estadual, legítimos interessados na reunião do CONSUNI onde seria aprovada, na prática, a PRIVATIZAÇÃO DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS, como usuários do SUS que são. Para esses professores, eles são meramente massa de manobra da vereadora eleita Amanda Gurgel, que teria “AUTORIZADO“, a pedido do seu colega Sandro Pimentel” a ida deles ao CONSUNI. Mostrando claramente que não tem o mínimo de respeito por estudantes secundaristas de escolas públicas, talvez por serem na sua maioria de origem pobre, tentam imputar-lhes uma característica comum a muitos desses pseudo gestores: de serem massa de manobra nos conselhos superiores da instituição, votando de acordo com interesses superiores numa reedição pós-moderna do voto de cabresto.
Com o estudante internado, eles estão usando a mesma tática. A desqualificação do oponente, na tentativa de quebrar a força das denúncias que o mesmo fez contra a instituição e que foi publicada em meios de circulação nacional. Mas os nossos “gestores” terão a oportunidade – e com certeza o farão – de provar que as denúncias do estudante são infundadas, assim que o mesmo sair do manicômio e retomar suas denúncias.
A ocupação é uma arma que sempre foi utilizada por estudantes, e outros grupos de lutadores sociais em toda parte, desde que o mundo é mundo. Acho até que muitos destes nossos bravos “gestores” que hoje se preocupam com a imagem da instituição pelo fato alguns estudantes se refrescarem do calor, tomando banho de sungas (será que de paletó e gravata ou roupas sociais seria mais adequado?) nos nossos magníficos espelhos d’água, fizeram o mesmo em algum momento das suas vidas. A não ser que tenham sido “cordeirinhos” a vida toda. Quanto ao uso de drogas é caso de polícia. Se tem a prova, que se prenda os transgressores.
Peço perdão antecipado aos colegas que lerão essa NOTA” de um TA indignado com tanta cara de pau de alguns “gestores” dessa instituição que, repito, na tentativa de livrar a cara da única pessoa que cometeu um ato irregular nessa história toda – o pró-reitor que agrediu Sandro Pimentel -, lançam notas a todo momento, chamam nossos colegas técnicos e estudantes para reuniões, apresentando uma versão inverídica dos fatos com o objetivo de lançar-nos uns contra os outros.
Felizmente há vida inteligente nessa universidade. E os nossos colegas técnicos, estudantes e até professores, não acreditarão nessas notas falsas, versões que tem apenas o intuito de desqualificar os representantes dos técnicos, o nosso bravo Sintest e seus dirigentes. Por coincidência, haverá eleição para a direção do sindicato e, para muitos desses “gestores”, seria um presente de Natal se livrar dessa direção combativa do Sintest-RN que não se dobra diante do chicote dos poderosos de plantão. Mas, temos plena certeza que nossos colegas técnico-administrativos não se deixarão enganar, muito menos intimidar pela força opressora que muitos “gestores” irão tentar impingir aos nossos colegas que tem a infelicidade de serem subordinados desses chefetes de plantão.

Edson Lima
Servidor Técnico-administrativo
Especialista em Gestão Universitária

 
 
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