No dia 17 de agosto, trabalhadores dos correios entraram em greve em todo país.

As reivindicações são legítimas: contra a privatização da estatal e contra a retirada de diretos, já que foram surpreendidos com a revogação do atual Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021 com a retirada de 70 cláusulas do acordo. Além disso, chamam a atenção para a negligência com a saúde dos trabalhadores durante a pandemia.

No último dia 21, o STF (Supremo TribunalFederal) decidiu sobre o fim da validade do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) dos Correios ainda este ano. Com isso, a greve dos trabalhadores segue mais forte. O STF aprovou a liminar impetrada pela direção da empresa que pretende acabar com 70 das 79 cláusulas do ACT, extinguindo direitos essenciais e históricos dos funcionários.

A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) divulgou nota lamentando o resultado do julgamento. Segundo o dirigente da Fentect Geraldinho Rodrigues, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, esta semana que entra é decisiva para ampliar a greve. “Nós avaliamos que não haverá retrocesso na paralisação, os trabalhadores de base que estavam esperando o resultado da votação da liminar agora afirmam que vão aderir. Essa semana tantos os sindicatos de todos os estados e as duas federações da categoria pretendem intensificar a mobilização para dar maior visibilidade à luta contra redução de direitos e privatização da empresa”, disse.

Até sexta-feira (21) cerca de 70 mil trabalhadores, a maioria de setores operacionais e de atendimento, já estava parada na greve deflagrada na terça (17), pelos 36 sindicatos estaduais da categoria. A disposição dos trabalhadores é a manutenção da paralisação por tempo indeterminado até que a direção dos Correios volte atrás nos duros ataques que quer impor aos trabalhadores.

O SINTEST/RN apoia a greve dos trabalhadores e trabalhadoras dos correios, reforça que é contra a privatização da estatal, bem como a retirada de direitos já conquistados. Somos contra o projeto entreguista do governo Bolsonaro, pois as privatizações vão significar a demissão de milhares de trabalhadores, piorando a prestação de serviços e aumentando a cobrança de tarifas à população.

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