Na manhã desta sexta-feira (28), os técnico-administrativos em educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) se reuniram em Assembleia Ato no auditório da reitoria para discutir os rumos da mobilização da categoria. Durante o encontro, os servidores aprovaram a adesão à paralisação nacional convocada pela FASUBRA, reforçando a luta pela concretização do reajuste salarial e pela valorização da carreira.

A decisão pela paralisação acompanha o movimento nacional da categoria, seguindo as deliberações da Plenária Nacional da FASUBRA, realizada em Brasília entre os dias 14 e 16 de março, visto que reunião entre a Comissão Nacional de Supervisão da Carreira TAE do Ministério da Educação (CNSC-MEC) e o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), prevista para 28 de março, foi cancelada pelo governo federal sem nova data definida. A falta de justificativa para o cancelamento gerou grande insatisfação entre os servidores, que veem a negociação como fundamental para garantir avanços nas demandas da categoria.

Os servidores reivindicam o cumprimento integral do acordo de greve firmado em 2024, a implementação de uma folha complementar para pagamento dos retroativos sem penalização pelo Imposto de Renda e aprovação das propostas de emendas à Medida Provisória nº 1.286/2024 para corrigir distorções no texto da MP. A FASUBRA contribuiu com a articulação de 54 emendas parlamentares, incluindo 4 que propõem a supressão do Artigo 206 da MP, que trata de mudanças na gestão do serviço público federal.

A assembleia também aprovou o estado de greve, a partir de 1º de abril de 2025, que é uma fase de alerta e mobilização aprovada pelos trabalhadores para sinalizar a possibilidade de deflagração de uma greve. Diferente do indicativo e da greve em si, ele permite a reflexão, debate e organização em torno das reivindicações da categoria.

Ao final, os servidores seguiram em caminhada pelo campus central da UFRN, levando bandeiras, faixa e palavras de ordem para sensibilizar a comunidade acadêmica sobre a importância da mobilização. O ato reforçou a unidade da categoria na luta por melhores condições de trabalho e pela defesa dos serviços públicos.

A direção do SINTEST-RN destacou que seguirá acompanhando as negociações e orientando a categoria sobre os próximos passos da mobilização. A expectativa é de que novas ações sejam realizadas nos próximos dias para pressionar o governo federal a atender às reivindicações dos técnico-administrativos.

A paralisação também abrangeu os campi do interior. Na FACISA, servidores realizaram uma roda de conversa.

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