De acordo com o Vice-Reitor, a maior preocupação com o Future-se é o risco com a autonomia universitária

Na última quarta-feira (23), a coordenação do SINTEST/UFERSA participou de uma reunião com a equipe da reitoria para discutir a nova redação do projeto “Future-se”, proposto pelo Governo. O Vice-Reitor Prof. José Domingues Fontenele Neto, explicou as mudanças de alguns pontos que na redação anterior atacava diretamente a educação pública, gratuita e de qualidade. Domingues ressaltou a importância do enfrentamento às propostas do governo para as mudanças do novo texto do projeto.

“As pressões populares fizeram com que o Governo propusesse uma nova redação para o projeto. As universidades terão que assinar um contrato de adesão ao projeto future-se. Nós teremos um ano para analisar e informar ao governo se vale ou não a pena permanecer no projeto”, destacou.

No entanto, nem tudo são flores no projeto. Ainda de acordo com Domingues Neto, um dos eixos do Future-se, o que fala sobre “governança”, trata-se de uma afronta direta com a possibilidade de perder a autonomia universitária, no sentido de que as organizações sociais passariam então a gerenciar alguns setores dentro da universidade.

Na proposta do Future-se, as universidades poderão fazer convênios com entidades sem fins lucrativos como Organizações Sociais (“OS”). Porém, no novo projeto não se fala sobre contratação de pessoal via OSs. Domingues ainda lembrou que, devido a extinção de carreiras da função pública proposta pelo governo, a universidade hoje conta com vários servidores terceirizados, num quadro de 550 Técnicos administrativos e 340 terceirizados.

Além do Future-se, a Emenda Constitucional do Teto dos Gastos PEC 241/55, que impacta diretamente no funcionamento da universidade, também foi ponto de pauta da discussão. A coordenadora do SINTEST/UFERSA, Kaliane Morais, também destacou a importância da comissão de Flexibilização da Jornada de Trabalho voltar a se reunir.

 

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