No primeiro dia da paralisação nacional, servidores da UFERSA compareceram ao Hemocentro de Mossoró para doar sangue. A iniciativa foi deliberada durante assembleia da categoria, realizada na última terça-feira (20), e contou com boa adesão dos servidores. A campanha continua nesta sexta-feira (21), no segundo dia de paralisação.

O Hemocentro de Mossoró tem enfrentado constantes baixas nos estoques. Por isso, ações como essa são de extrema importância para a manutenção da unidade, conforme explica a assistente social Alda Sales, “Essas campanhas são muito importantes para equilibrar nossos estoques. Desde a semana passada, temos buscado o apoio da sociedade e divulgado nas redes sociais a situação crítica do hemocentro. Nesta semana, o cenário piorou ainda mais, pois até os tipos O+ e A+, que geralmente estão em níveis estáveis, chegaram a níveis críticos.”

Para a servidora Milena Paula, a iniciativa do Sintest/UFERSA foi bastante significativa, pois, ao mesmo tempo em que a categoria cobra do governo o cumprimento do acordo de greve, também presta um serviço à sociedade, “estamos em alerta e pressionando o governo para que cumpra integralmente o acordo de greve. Mas também nos solidarizamos com o hemocentro, por isso estamos aqui, fazendo a nossa parte pelo bem da sociedade.”

O Governo Federal segue sem uma proposta definitiva para o cumprimento integral do acordo de greve, firmado no ano passado como forma de encerrar a greve do serviço público que já passava de 100 dias. Até o momento, ainda não há definição sobre a implementação da jornada de 30 horas, o reposicionamento dos aposentados, entre outros itens que seguem sem data concreta para serem atendidos. Por isso, foi convocada pela FASUBRA Sindical a paralisação de 48 horas.

“A gente lamenta ter que fazer uma nova paralisação. A categoria não gostaria de estar aqui, mas sim de ver os acordos sendo cumpridos. Infelizmente, não é isso que está acontecendo. Por isso, precisamos usar as ferramentas que temos como trabalhadores. A categoria tem buscado diálogo com o governo, mas também recorremos aos meios de pressão para que o governo atenda à nossa pauta”, destacou a servidora Deise Lima.