Nesta quinta-feira (12/06), o SINTEST-RN realizou assembleia geral com paralisação nacional, reunindo servidoras e servidores técnico-administrativos da UFRN para debater a conjuntura nacional, avaliar os próximos passos do movimento e reforçar a mobilização da categoria.

A mesa foi composta por Celita Pessoa (coordenação geral), Erika Galvão (coordenação de administração) e Vânia Machado (representante da base). Durante a atividade, diversos informes foram repassados, entre eles a participação do sindicato na caravana à Brasília, com recursos oriundos de doações de entidades e movimentos parceiros como a CSP-Conlutas, Sindibancários, SINAI e PSOL. Após o custeio da viagem de seis representantes, o valor que sobrou foi destinado à ocupação Anátalia de Souza, através do Movimento Olga Benário.

Reforma Administrativa e descaso do governo

As falas mais contundentes da assembleia alertaram para o avanço da Reforma Administrativa, que deve ser apresentada ao Congresso Nacional nas próximas semanas. A proposta ameaça direitos históricos do funcionalismo público, como o fim das licenças, das progressões por tempo e mérito, do regime estatutário, além da contratação por tempo determinado e da remuneração baseada em produtividade e avaliação de desempenho.

Também foram pautadas a luta pela revogação do novo modelo de avaliação de desempenho do PGD, a defesa intransigente da jornada de 30 horas, e o debate sobre o modelo de RSC construído pela FASUBRA após consulta às bases. Além disso, causou indignação o anúncio do governo de que não haverá reposicionamento para os aposentados. Todas essas questões foram duramente criticadas por representantes da base, da coordenação do SINTEST-RN e da FASUBRA.

Indicativo de greve e encaminhamentos

Diante do descaso do governo federal em cumprir o acordo firmado com a categoria, e do avanço acelerado da Reforma Administrativa, a assembleia aprovou, por unanimidade, que os delegados do SINTEST-RN que estarão na Plenária da FASUBRA (13, 14 e 15 de junho) façam a defesa de um indicativo de greve nacional prevista para a primeira quinzena de julho.

Outros encaminhamentos aprovados:

  • Notificar a UFRN com urgência para retomada da discussão da pauta interna da greve, que está há mais de 7 meses sem andamento.

  • Realizar uma assembleia na área da saúde, no hospital Onofre Lopes ou na Maternidade Januário Cicco.

  • Criar um Grupo de Trabalho (GT) para discutir e formar a base sobre os impactos da Reforma Administrativa.

Luta unificada

Foi unânime a defesa de que a luta precisa ser unificada com outras categorias, como o ANDES e o SINASEFE, e que se o governo continuar enrolando e não cumprir o acordo de greve, será necessário uma nova greve, ainda mais forte do que a de 2024.

O SINTEST-RN segue mobilizado e convoca toda a categoria a permanecer atenta e engajada na defesa dos direitos dos(as) trabalhadores(as) da educação pública. A luta continua!

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