Na manhã desta terça-feira, a direção do Sintest/RN esteve reunida com o Pró-reitor de Planejamento da UFRN, Professor Luiz Alessandro Pinheiro da Câmara de Queiroz e com a Pró-reitora de Gestão de Pessoas, Mirian Dantas, além de representantes do ADURN Sindicato e Atens para discutir o orçamento 2023 da Universidade.

O Pró-reitor de Planejamento iniciou a reunião lembrando do grande desafio para manter a Universidade funcionando, e lembrou da imensa dificuldade enfrentada em 2022. Falou também que muitas coisas sofreram reajuste, impactando ainda mais o orçamento, a exemplo do salário mínimo que incide nos contratos com as empresas terceirizadas, bem como a energia, serviços de manutenção, etc.

Citando Ariano Suassuna, Luiz Alessandro afirmou ser um um realista esperançoso, pois o pessimista é um chato e o otimista é um bolo. Para ele, embora o valor referente ao ano 2002 tenha diminuído, é preferível acreditar que haja um aumento no 1% a 3% de aumento para o orçamento de 2024. “Passamos 6 anos ladeira abaixo, não vai ser em 6 meses que vamos subir a ladeira toda. Serão alguns degraus”, finalizou.

Viktor Gruska, coordenador do Sintest, abordou a precarização dentro das universidades com a falta de concursos e a não reposição do quadro de pessoal e os impactos da emenda do Teto dos Gastos que criou uma espécie de garrote dos gastos discricionários (investimento e despesas correntes) e que o “arcabouço fiscal” não vai resolver essa questão. Viktor falou ainda sobre a defasagem da tabela salarial dos TAEs, o que faz com que a carreira dentro do funcionalismo público não consiga atrair bons quadros.

Aparecida Dantas, coordenadora geral do Sintest, questionou do porquê a Universidade não consegue avanços na questão energética, que a cada ano devora boa parte do orçamento da UFRN. Para ela, é urgente que se busque soluções, parcerias e emendas parlamentares para implantar energia solar fotovoltaica na Universidade. Cida também falou sobre a necessidade de não diminuir as verbas de incentivo à qualificação e capacitação. Nesse ponto, Viktor lembrou da decisão unilateral de retirarem as vagas exclusivas para servidores em mestrados/doutorados, embora os editais já destinem as vagas não preenchidas para a ampla concorrência. Para ele, o orçamento para capacitação e qualificação é uma pauta prioritária para as entidades sindicais.

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