Apesar de defender a realização de concurso público e lutar contra a terceirização, o SINTEST/RN entende que todo trabalhador deve ter seus direitos garantidos. Por isso mesmo, ao tomar conhecimento da situação que passou os trabalhadores da Safe –  empresa que presta serviços de terceirização à UFR – tratou de ajudar no problema.

Além de reclamações já conhecidas como pagamento de insalubridades e vales de forma errada, bem como suspeitas de assédio moral, a empresa Safe atrasou o pagamento de seus funcionários, mesmo tendo recebido o repasse da universidade em tempo. Em virtude disso, esses funcionários resolveram protestar reivindicando o pagamento.

O SINTEST/RN intermediou o agendamento de uma audiência com a reitora e seus assessores para tratar do assunto. O sindicato que atualmente representa legalmente a categoria foi convocado para a reunião, porém não compareceu, restando ao Sintest, mesmo que politicamente, intervir pelos trabalhadores.

Antes da audiência, cerca de 200 terceirizados fizeram caminhada pelo Campus.

Audiência com a Administração Central

Participaram da reunião a reitora, sua vice e as pró-reitorias de finanças, administração e gestão de pessoas. A reitora iniciou a audiência declarando que não sabia do atraso e que só tinha recebido a informação do acontecido no dia anterior. Todos os problemas vividos por aqueles trabalhadores, fora o atraso do salário, foram expostos aos gestores ali presentes. Em geral, a administração central se comprometeu a tomar as medidas cabíveis.

No entanto, vale ressaltar uma reação inusitada que foi repudiada pela comissão dos trabalhadores que lá estavam. Foi a posição da pró-reitoria de administração que pareceu defender a empresa Safe dizendo que havia “dois lados”, o lado dos trabalhadores e o da empresa. Que às vezes o estado não cumpria com os contratos com a empresa e por isso era preciso entender. Outra reação não esperada foi o anúncio por parte da mesma pró-reitoria de que descontaria os dois dias parados, o anterior e o que estava em curso.

Sobre isso, cabe esclarecer que a UFRN cumpriu com todos os seus pagamentos à empresa. Além disso, é exigência de toda licitação que a empresa tenha recursos para pagar seus funcionários, uma vez que o contratante tem até 15 dias para repassar o dinheiro devido. Outro dado importante: a paralisação do primeiro dia ocorreu com o aval do Superintendente de Infraestrutura da própria universidade que liberou os trabalhadores para irem para suas casas. Já o segundo dia foi o referente à negociação com a reitoria, portanto não poderiam ser descontados.

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Depois dos protestos e da audiência com a UFRN, ainda na manhã de quinta-feira a empresa Safe depositou os salários atrasados.

 

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