A proposta de Reforma Administrativa, que em breve terá o relatório final do Grupo de Trabalho (GT) apresentado na Câmara dos Deputados, traz uma ameaça concreta ao futuro do serviço público brasileiro. Entre os pontos mais graves, está a flexibilização das contratações temporárias, que cria vínculos de trabalho precários e fragiliza a estrutura do funcionalismo.

Essa medida abre espaço para nomeações por indicação política, o chamado apadrinhamento, prática que coloca em risco a imparcialidade e a profissionalização do serviço público. Na prática, significa substituir a seleção transparente e democrática — garantida pelos concursos públicos — por relações de dependência com agentes políticos.

Em médio e longo prazo, o resultado é o enfraquecimento e até mesmo o fim dos concursos públicos, que são a porta de entrada justa e igualitária para a carreira pública. Essa mudança representa a substituição do servidor do povo, que atua com autonomia e compromisso social, pelo servidor do político, subordinado a interesses eleitorais e particulares.

O SINTEST alerta: a Reforma Administrativa é  um ataque direto à qualidade do serviço público e à própria democracia. É hora de unir forças em defesa dos concursos e da valorização dos servidores.

Em defesa do serviço público, contra a Reforma Administrativa!