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O Projeto de Lei Complementar representa sérios prejuízos para categoria que mais uma vez são obrigados à duras penas pagar o rombo dos Estados e da União

Por Passos Júnior

Apenas os serviços essenciais funcionaram nesta quinta-feira (14) na Universidade Federal Rural do Semi-Árido. É que o SINTEST-RN aderiu à manifestação nacional contra o Projeto de Lei Complementar 257, do Poder Executivo, que traz grandes prejuízos para os servidores públicos. “É um alerta ao governo e uma sensibilização juntos aos servidores da UFERSA sobre a gravidade da PLP 257 que se aprovada no Congresso trará grandes perdas para a categoria”, afirmou o coordenador setorial da delegacia sindical do SINTEST-RN em Mossoró, Allyson Bezerra. Na Universidade Federal Rural do Semi-Árido a adesão a paralisação foi de quase 100%.

Durante toda a manhã desta quinta-feira, um grupo de servidores técnico-administrativos acompanhou os coordenadores da delegacia sindical de Mossoró num trabalho de conscientização sobre o PLP 257, se verificando que a grande maioria dos servidores da Universidade aderiu a paralisação. Na Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, por exemplo, a adesão foi de 100%. Nos demais setores a adesão foi pontual. “Observamos que apenas os serviços essenciais, como o setor de licitação, os servidores estão trabalhando o que é compreensível devido a necessidade do serviço”, afirmou Allyson Bezerra.

Durante a visita do SINTEST-RN foram dadas orientações com distribuição de panfleto sobre o Projeto de Lei Completar 257 que o governo encaminhou para apreciação pelo Congresso Nacional. Entre os principais prejuízos do PLP para os servidores públicos estão o congelamento salarial por 24 meses, cancelamento de concursos públicos, ampliação da terceirização e precarização do trabalho, aumento da contribuição previdenciária para 14% e, restrições nas progressões e promoções para os servidores públicos. “A intenção é realizar uma ampla pressão por parte dos movimento sindicais para que o governo reveja alguns itens do PLP e retire o regime de votação de urgência do projeto”, adiantou Allyson Bezerra.

Segundo o coordenador sindical, mais uma vez o governo transfere para os servidores públicos pagar o ônus das dívidas dos Estados com a União. “O PLP 257 é resultado de um acordo entre os governos estaduais e o federal que atinge diretamente os servidores públicos com medidas voltadas para redução de despesas para atender aos interesses do capital, ocasionado graves prejuízos a nossa categoria”, alertou, chamando a atenção para o fortalecimento da categoria com a filiação ao sindicato.

O trabalho educativo surtiu efeito e agradou quem não pôde aderir à paralisação nesta quinta-feira, dia 14 de abril. “Acho importante já que gera um clima de instabilidade, além de mostrar que temos um sindicato à frente se posicionando que não vamos aceitar”, opinou a servidora Talita Oliveira. Para a servidora Iara Souza, a mobilização é um alerta. “De certa forma é um alerta para todos nós servidores sobre os perigos que rondam sobre a nossa classe que está na eminência de sofrer, causando prejuízos no poder aquisitivo de todos os cidadãos”, afirmou.

Já Tiago Azevedo acredita que é papel do sindicato realizar essa conscientização. “Muito necessária essa orientação do movimento sindical para a conscientização de toda a classe com o objetivo de melhorar a sociedade em geral”. Para Carlúcio Germano a mobilização deve chegar a todos os servidores públicos. “Houve grande adesão à luta contra a PLP 257 e, sem dúvidas, a categoria vai seguir em frente contra esse mecanismo que fatalmente colocará a conta para o servidor pagar”, opinou.

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