Em reunião realizada na sede do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos), em São Paulo, no dia 27 de fevereiro, as Centrais Sindicais e outras entidades  aprovaram a realização de um grande Dia de Lutas, Protestos e Paralisações em 18 de março com o intuito de ampliar e fortalecer o já agendado Dia Nacional de Greves da Educação e do Serviço Público.

Esta data já estava programada como dia de “Greve Nacional da Educação” devido a uma série de ataques promovidos pelo atual governo às instituições federais de ensino e aos servidores públicos, a exemplo dos cortes orçamentários, da mudança na escolha dos reitores, do Projeto Future-se que ameaça a autonomia universitária e pretende privatizar o ensino superior público no país, da PEC Emergencial (PEC 186) que prevê a redução de 25% dos salários dos servidores, das declarações do Ministro Paulo Guedes que chama os servidores de “parasitas”, e tantos outros.

A proposta é que no dia 18 de março haja protestos, atos e paralisações onde for possível e o mote é a defesa dos serviços públicos, do emprego, direitos e democracia, pois temos assistido constantes ataques aos direitos trabalhistas e sociais e ao emprego. Além disso, recentemente o presidente Jair Bolsonaro convocou a população para um protesto pelo fechamento do Congresso Nacional, defendendo na prática a volta ditadura militar, ameaçando a democracia e ferindo de morte a Constituição Federal de 1988.

Além dos ataques já citados por meio das PECs 186, 187 e 188, o governo ainda pretende enviar ao Congresso Nacional a reforma administrativa que retira direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores e trará grandes consequências em áreas estratégicas do Serviço Público que já sofrem com poucos recursos e escassez de servidoras e servidores.

Há ainda a intenção de fazer uma Reforma Sindical para acabar com a organização e resistência dos trabalhadores, deixando-os cada vez mais vulneráveis, sem direitos e sem quem os defenda.

Por esses motivos, convocamos toda a nossa base, na UFRN e na UFERSA, para irmos às ruas no dia 18 de março e lutar pelos nossos direitos. Não se trata de pedir reajuste salarial, embora que justo, devido às perdas inflacionárias, mas chegamos ao ponto de defender o que já conquistamos, o que é nosso de direito, pois corremos o sério risco de perdermos inclusive os nossos empregos.

Vamos à luta! Vamos à greve geral!

Ditadura nunca mais!

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