No dia 20 de julho, o SINTEST/RN vai realizar um Seminário com o tema Alzira Soriano como um marco na emancipação das mulheres na política. O evento vai acontecer no auditório da reitoria da UFRN, a partir das 9 horas e é organizado pela coordenação da Mulher Trabalhadora.

As inscrições serão feitas no dia do evento, a partir das 8 horas.

Programação

8h30 – Credenciamento

9h00 – Abertura

9h30 – 1ª Mesa

12h00 – Almoço

13h30 – Mesa e Abertura dos trabalhos

14h00 – 2ª Mesa

16h00 – Encerramento

Quem foi Alzira Soriano

Alzira Soriano era integrante de uma família rica e tradicional de Jardim dos Angicos, que na época era um distrito de Lajes, no Rio Grande do Norte. Ela foi a primeira mulher eleita prefeita no Brasil e na América Latina, em 1928, época em que as mulheres brasileiras sequer tinham direito ao voto e política era assunto apenas para os homens.

No entanto, aos 32 anos, graças a uma lei estadual que autorizava a participação das mulheres na política potiguar, ela não apenas votou, mas disputou e venceu as eleições municipais daquele ano em Lajes.

“No Rio Grande do Norte poderão votar e ser votados, sem distinção de sexos, todos os cidadãos que reunirem as condições exigidas por esta lei”, diz o texto da Lei Estadual 660, de 25 de outubro de 1927, conforme registro do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN).

O então governador potiguar José Augusto Bezerra de Medeiros justificou a assinatura da lei 660 com base em uma leitura atenta da Constituição vigente, de 1891, que não fazia distinção entre homens e mulheres em relação ao direito ao voto.

No mesmo ano em que Lei 660 entrou em vigor, outra potiguar entrou para a história. A professora Celina Guimarães Viana, de Mossoró, requisitou seu título eleitoral, tonando-se oficialmente a primeira eleitora brasileira.

Alzira tomou posse na prefeitura de Lajes no dia 1º de janeiro de 1929 e em seu discurso disse “Determinaram acontecimentos sociais do nosso querido Rio Grande do Norte, na sua constante evolução da democracia, que a mulher, esta doce colaboradora do lar, se voltasse também para colaborar com outra feição na sua obra político-administrativa”.

Seu mandato ficou marcado pela construção de escolas e obras de infraestrutura, como estradas que ligavam a sede do município aos distritos e melhorias na iluminação pública a gás. Teve um mandato curto, pois, apesar de ter sido convidada pelo governo federal para permanecer como interventora municipal após a Revolução de 30, ela decidiu renunciar ao cargo por não concordar com os desdobramentos da Revolução e o governo de Getúlio Vargas.

Alzira voltou à política após a redemocratização do país, em 1945, elegendo-se vereadora em Lajes por três mandatos.

Informações: BBC.COM

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