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Nós trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos da UFRN reunidos em assembleia geral no dia 12/12/2017 expressamos nosso apoio irrestrito aos colegas lotados na Editora da UFRN, unidade que sofre um processo de desmonte silencioso já há alguns anos.

No ano de 2001 a EDUFRN sofreu um ataque contra a sua existência quando, dentro do projeto neoliberal do presidente Fernando Henrique Cardoso teve seu maquinário quase que totalmente desativado. Máquinas foram doadas para uma instituição beneficente de Natal e em menos de um ano haviam sido vendidas. A maior parte das máquinas ia ser leiloada e só não foi porque o SINTEST-RN e os trabalhadores da Editora cercaram o caminhão impedindo a saída das máquinas.

O processo vem continuando. Servidores se aposentando, falecendo, sem substituição. Há mais de três anos que não se imprime um livro nas oficinas da Editora, numa clara opção pelo livro digital, e-book. Enquanto isso, máquinas que formam um patrimônio de mais de um milhão de reais, adquiridas no que foi o último grande investimento na Editora, realizada na  gestão do professor Ivonildo Rêgo, vem se deteriorando, sem manutenção, numa tentativa clara de sucatear as mesmas e assim, justificar o fim das atividades de uma das últimas gráficas universitárias do Brasil.

Entendemos a necessidade da acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, mas, nenhuma editora de porte como é o caso da nossa, que, ao longo do seu mais de meio século de existência acumula mais de mil títulos publicados, sempre na perspectiva do seu papel institucional de difusão do conhecimento, abriria mão do livro físico, impresso. Outro fator a ser considerado é que uma organização do porte da UFRN tem demanda para ocupar a gráfica apenas com suas publicações. Não à toa, os grandes repasses nessa área estão se deslocando para a SEDIS, enquanto as verbas da Editora diminuem a cada ano.

Nos últimos dias, os trabalhadores lotados na unidade foram surpreendidos por uma comitiva de pessoas de outra unidade da UFRN com a finalidade de avaliar os espaços para uma possível mudança que levaria em conta a cessão de mais da metade do espaço físico onde os colegas executam suas atividades. Essa mudança coloca em risco todo maquinário da gráfica da editora, já que o local pretendido é exatamente o parque gráfico onde estão localizadas as máquinas. Tudo isso sem que tivesse sido combinado, sequer sido avisado aos servidores lotados na EDUFRN. O pior foi a forma desrespeitosa, debochada que o pessoal da unidade citada tratou os companheiros de trabalho.

Diante disso, o fato foi informado em assembleia da categoria realizada na BCZM que como forma de apoio explícito, marcou uma assembleia da categoria na porta da Editora para demonstrar seu apoio. Exigimos uma posição clara da Reitora sobre esses acontecimentos. Ao mesmo tempo afirmamos que os companheiros e companheiras não estarão sozinhos na defesa do seu espaço e local de trabalho.

– A Editora é nossa!

– Pela reativação do parque gráfico da Editora da UFRN!

– Contra a tentativa de entregar o espaço /local de trabalho a outras unidades!

 

Natal, 12/12/2017.

Técnico-administrativos em Educação da UFRN reunidos em assembleia da categoria