No início do mês, a professora Francenilda Nogueira, militante do PSOL Ceará-Mirim, foi denunciada pelo Ministério Público e intimada a responder a processo na Delegacia da Polícia Civil, sob a acusação de “incitação ao crime”. A denúncia é sobre um vídeo, no mês de abril, em que Francenilda se colocou em defesa dos feirantes das Cinco Bocas, que sofriam com a ação autoritária do prefeito Júlio César de fechar a Feira sob o argumento da pandemia, ao mesmo tempo em que mantinha os grandes supermercados funcionando.

No vídeo, Francenilda nada mais fez do que reivindicar, a partir das demandas apresentadas pelos trabalhadores, que o prefeito deixasse de reprimir os feirantes e garantisse o funcionamento da Feira de forma organizada, com todas as condições de biossegurança, como distanciamento entre as bancas, controle da entrada das pessoas, etc. Por isso, trata-se de uma acusação infundada dizer que estava “incentivando aglomerações” e “incitando ao crime”. Com a ação do prefeito de fechar a Feira, os feirantes, em plena pandemia, tiveram que sobreviver à própria sorte e sem ter meios de vender suas mercadorias.

A denúncia de uma suposta “incitação ao crime” é nada mais do que uma perseguição política do Estado burguês contra uma militante que tem o histórico de organizar a luta dos explorados de Ceará-Mirim por suas reivindicações imediatas. A perseguição à Francenilda é um ataque ao conjunto do movimento e às liberdades democráticas de expressão e manifestação.

Por isso, o SINTEST/RN manifesta total solidariedade à Francenilda Nogueira, perseguida politicamente por se colocar em defesa dos trabalhadores!

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