O pacote de medidas anunciado pelo governo federal para garantir pagamento das dívidas interna e externa atingiu um único alvo no país: a classe trabalhadora. Isso é o que pensa a massa dos técnico-administrativos em greve da UFRN. Suspensão de concursos públicos, adiamento da negociação com os servidores federais, fim do abono de permanência, volta da CPMF são só uma pequena parte do que está previsto para ser realizado pelo governo Dilma.
Esse anúncio gerou uma reviravolta na conjuntura da greve que se encaminhava para reta final de negociação, uma vez que a federação havia apresentado uma contraproposta ao governo e aguardava, para esta quarta (16), uma resposta. O futuro está incerto e os comando locais, bem como o nacional se reunirão para fazer avaliação antes e depois dessa reunião para pensar os novos rumos do movimento.
Na UFRN o espirito é de continuidade da greve de forma mais dura ainda. Não vamos pagar essa conta, esse foi o sentimento de todos que usaram da palavra no momento das avaliações durante assembleia realizada hoje na praça cívica do campus central. O local foi escolhido em protesto contra a administração central que judicializou a greve na última quinta-feira obrigando o fim da atividade que acontecia há uma semana no local.