A votação do último domingo (7) decidiu por um segundo turno entre Fernando Haddad, do PT, e Jair Bolsonaro, do PSL, na corrida presidencial. A próximas três semanas serão decisivas. No segundo turno configuram-se dois projetos distintos para a classe trabalhadora. Bolsonaro mantém o projeto Temer, “Ponte para o Futuro”, com requintes ainda mais à direita. O candidato do PSL anuncia – através de seu mentor político Paulo Guedes – em seu programa de governo a entrega de estatais e desmonte do serviço público. Guedes já afirmou, mais de uma vez, dentre outros ataques, que pretende privatizar “todas” as estatais. Sendo assim, as Instituições Públicas de Ensino estão claramente em xeque.

Esta é a proposta política para reduzir o gasto público. Aliado a isso, Bolsonaro mantém seu discurso contra as minorias. Das candidaturas alternativas do campo da esquerda, Fernando Haddad foi o escolhido nas urnas para o segundo turno. Portanto, entendemos que neste momento temos que cerrar fileiras para enfrentar o autoritarismo e o conservadorismo da direita. A FASUBRA, seguindo a deliberação congressual, na defesa da democracia, indica o apoio à candidatura que expressa essa política. Neste caso, a candidatura de Haddad (PT) e Manuela (PCdoB).

Porém, a Federação mantém a sua independência e autonomia política, para cobrar que o PT não cometa os mesmos erros, fazendo as mesmas alianças dos governos anteriores. A aliança terá que ocorrer com a classe trabalhadora. Nesse sentido, a FASUBRA, independente do governo, estará nas ruas para cobrar as revogações das reformas que atacam o direito da classe trabalhadora e em especial do serviço público.

A tarefa agora é intensificar as mobilizações para impedir que o outro candidato, identificado com a extrema-direita, possa ocupar o posto político de maior importância do país. Afinal, quase 50 milhões de brasileiros – 46% do eleitorado – mostraram-se favoráveis às ideias fascistas desse candidato, o que alerta para um cenário bastante preocupante. Seguindo as deliberações do último congresso, a FASUBRA Sindical orienta as entidades de base que convoquem assembleias na próxima semana para a construção ou participem de comitês em defesa da democracia. É fundamental reforçar que os(as) trabalhadores(as) se oponham frontalmente a Bolsonaro nas urnas e estejam presentes em atos organizados pelas centrais e pelas entidades do FONASEFE.

Analisando os nomes eleitos para deputados e senadores, vemos que a nova formação do Congresso Nacional promete ser tão conservadora quanto a anterior. Com uma renovação de 47,3% na Câmara e 85% no Senado. Os partidos que participaram do golpe em 2016 foram os que mais perderam cadeiras. Lamentavelmente, a maioria das cadeiras no Legislativo ficaram entre partidos que se alinham com o projeto conservador de direita.

Não há dúvidas de que no próximo período iremos às ruas para garantir nossos direitos e conquistas, para evitar que o Brasil retroceda todos os direitos sociais e trabalhistas. A hora de se mobilizar é agora! Vamos às ruas para gritar #elenão, #elenunca! A democracia não pode esperar! Para tanto, a FASUBRA orienta:

1. Que as direções das entidades de base realizem uma reunião esta semana para analisar o resultado
do primeiro turno e discutir voto contra o fascismo no segundo turno;
2. Que as entidades de base convoquem AG´s, para construção e/ou participação dos comitês
estaduais em defesa da democracia;
3. Nenhum voto a Bolsonaro e no fascismo;
4. Participação em todos os atos em defesa da democracia – ato dia 20/10;
5. Participar do calendário convocado pelas centrais;
6. Realizar nas entidades de base, neste período, debates sobre opressões, para responder aos ataques
da candidatura Bolsonaro e preparar os delegados para encontros da FASUBRA de mulheres, negros e
LGBTIs.

Fonte: Fasubra Sindical