Em assembleia extraordinária, a coordenação do Sintest/UFERSA convocou a categoria para discutir a conjuntura política em que vive a universidade. O assessor jurídico, Humberto Fernandes, também participou da assembleia para atualizar as ações jurídicas movidas pelo sindicato.
Humberto informou a categoria que a ação do auxílio “cota parte pré-escola” já foi encaminhado para o Tribunal Regional Federal (TRF) e está apenas aguardando a ordem de autorização do saque. O Advogado informou que deve sair nos próximos meses, o sindicato informará quando o valor estiver liberado para saque.
O assessor jurídico também trouxe esclarecimento para a categoria sobre o texto da reforma administrativa que foi apresentado pelo governo federal na última quinta-feira (03). De acordo com Humberto, o projeto é válido apenas para quem vai ingressar no serviço público após a promulgação da Emenda Constitucional. Não vale para os chamados membros de Poder: parlamentares, juízes, desembargadores, ministros de tribunais superiores, promotores e procuradores. O governo alegou que haveria vício de iniciativa e não poderia propor mudanças para tais tipos de agentes públicos pertencentes a outros Poderes. Também não vale para militares.
Mesmo não atingindo os atuais servidores, a categoria enxerga a proposta como um ataque aos direitos trabalhistas das próximas gerações. “Esse retrocesso não pode deixar a classe a trabalhadora inerte ao que está acontecendo, mas deve servir de impulso para que a gente possa lutar pelos direitos dos atuais e dos futuros servidores”, destacou o servidor Emerson Fábio da Silva Araújo.
“Apesar de não atingir os atuais servidores, nós temos que continuar defendendo o serviço público, esse é o nosso papel dentro da universidade. A gente pode até não ser atingido, mas nossos filhos, netos, irão ingressar no num serviço público defasado, sem direitos. Esses são meios que o governo vem tramando para sufocar a classe trabalhadora, vem pra precarizar o serviço público de forma geral, pois com a perda da estabilidade poderemos ter apadrinhamentos políticos dentro das instituições, ” disse a coordenadora do SINTEST/UFERSA, Kaliane Morais.
A assembleia também falou sobre a eleição para reitor na UFERSA, onde a terceira colocada foi nomeada pelo Presidente da República, ferindo assim a autonomia da universidade. A coordenação reforçou com a categoria que o sindicato vai manter o posicionamento em defesa da democracia e pela nomeação do primeiro colocado.
Esta foi a primeira assembleia que o sintest realizou desde quando foi decretado a pandemia da covid-19. A sede do sindicato permanece fechada, mas os serviços continuam de forma remota.
