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Essa é uma moção de apoio, aprovada durante assembleia geral dos técnico-adminstrativos da UFRN, em favor da estudante da UFRN Daniella Araújo que vem sofrendo consequências em virtude de uma experiência de agressão doméstica.

Basta de Violência: todo apoio à Daniella Araújo 
Há cerca de dois anos, Daniella Araújo, militante do Juntos! e coordenadora do DCE da UFRN, foi agredida fisicamente pelo seu ex-companheiro. Com muita coragem, ela rompeu com o silêncio e denunciou seu agressor. Porém, somente agora o processo na Delegacia da Mulher está tramitando e as lembranças deste episódio traumático para ela estão voltando à tona. À Dani e a todas as mulheres que já passaram por essa violência, prestamos nosso apoio e solidariedade.

O que aconteceu com Daniella Araújo não foi um caso isolado. Muito menos foi culpa dela. Foi mais um caso de violência doméstica, fruto de uma sociedade machista. O agressor de Daniella até hoje não foi punido e pode estar, inclusive, cometendo esse mesmo tipo de abuso contra outras mulheres. Quantas outras Daniellas estão sendo agredidas em Natal e quantos outros agressores estão livres e soltos para continuar violentando as mulheres na cidade? Isso precisa ter fim!

A violência doméstica ocorre em todo o país e os dados sobre essa realidade são alarmantes. O Brasil é o sétimo país que mais mata mulheres em decorrência da violência doméstica. Os movimentos sociais cobraram e hoje temos a Lei Maria da Penha que trata desses casos, que foi um grande avanço. Porém, com pouco investimento seguido de cortes de verbas em áreas sociais, infelizmente, a Lei não atende às demandas de mulheres que são vítimas de violência: há demora na execução dos processos, poucas Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher (DEAM) e poucas vagas em casas abrigo.

Natal é a 11ª capital que mais mata mulheres vítimas de violência. Segundo o Mapa dos Homicídios da Juventude no Brasil (2013), organizado pelo Governo Federal de 2001 a 2011, a morte de mulheres no Rio Grande do Norte quase triplicou neste período. Isso reforça a responsabilidade dos governos em ter políticas públicas voltadas às questões de gênero.

Existe um ditado popular que diz que “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. Esses dados alarmantes mostram que, quando se trata de violência doméstica, é necessário que toda a população se mobilize e meta, sim, a colher. Por isso, reafirmamos nossa solidariedade à Daniella e a todas as mulheres vítimas de machismo em Natal. Não silenciem, façam como a Dani: denunciem, busquem proteção e cobrem seus direitos!

Dani: Você não está sozinha! Em todo Brasil estamos juntas combatendo a violência contra a mulher.

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