Aconteceu na manhã desta quarta-feira (01/03) a assembleia geral do Sintest/RN no auditório da Biblioteca Central Zila Mamede com o objetivo de discutir acerca da Campanha Salarial dos servidores públicos, bem como sobre a proposta inicial do governo federal de reajuste entre 7,9%, podendo chegar a 9%, dependendo do valor a ser reajustado no auxílio alimentação.

Negociação com o governo

Na segunda reunião da mesa de negociação, ocorrida nesta terça-feira (28/02), o secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Sérgio Mendonça, não trouxe contraproposta para os servidores, mas prometeu apresentar uma réplica à sugestão do Fonacate, que foi de 13,5%, até esta sexta-feira.

Na ocasião, as entidades representantes dos servidores público também reforçaram o pedido de equiparação de todos os benefícios (auxílio alimentação, creche e saúde) com os demais Poderes até 2026.

De acordo com o Fonasefe, existem limitações na LOA/2023 para conceder o reajuste imediato, porém, este limite não é 11,2 bilhões como o governo anunciou. Por isso, é possível aumentar esse percentual e lutaremos por isso. Além disso, os recursos necessários para o reajuste do Auxílio Alimentação, como quaisquer outros recursos para reajuste de benefícios, podem vir de outras fontes da LOA. Sendo assim, é inadmissível que o governo use parte do já diminuto recurso para reajuste de salários para reajustar benefícios.

Assembleia Geral do Sintest/RN

Iniciando pelos informes, o coordenador geral Edson Lima explanou sobre as reuniões de negociação com o governo. Aparecida Dantas, coordenadora geral do Sintest, chamou a categoria para participar do ato do dia 08 de março, Dia de luta das mulheres, que será em frente ao Midway a partir das 15 horas. O companheiro Felipe Tavares, ex-coordenador do Sintest, falou sobre a campanha da UFRN contra o assédio sexual, lançada no dia 28/02 e leu uma carta da servidora aposentada Helena Maziviero que pede a reabertura do caso de assédio/importação sexual que sofreu no IMD em 2018, bem como a punição do assediador.

Dando continuidade à assembleia, vários colegas se inscreveram para fazer a análise de conjuntura. Em todas as falas, ficou claro o desejo de lutar por um percentual maior do que o apresentado pelo governo, já que a inflação corroeu cerca de 40% do vencimento dos servidores.

Votação

Após uma longa discussão, a mesa colocou em votação duas propostas:

1) Aceitar o reajuste emergencial de 13,5% (proposto pelo Fonasefe e Fonacate ao Governo) + o reajuste de R$200,00 no auxílio alimentação, sendo este de outras fontes da LOA; e continuar lutando para conquistar espaço no orçamento de 2024 para o reajuste do próximo ano.

2) Recompor as forças do movimento sindical e não aceitar nenhuma proposta agora.

Na votação foi aprovada a primeira proposta, com apenas 4 votos contra e 2 abstenções.

Delegados à plenária

Duas chapas se inscreveram e com 100 votos venceu a chapa 1, composta por membros da direção e pelos coletivos Luta Educadora e Independentes. Apenas seis pessoas se abstiveram. O sindicato levará 4 delegados e eles serão escolhidos pela chapa vencedora. Pela direção, o coordenador de administração e patrimônio, Pedro Neto irá à plenária que acontece nos dias 10 e 11 de março em Brasília.

Assédio sexual

A assembleia aprovou também que o Sintest escreva uma moção de apoio à servidora Helena Maziviero na luta pela reabertura do do caso de assédio/importação sexual que sofreu no IMD em 2018, para uma nova apuração e pela responsabilização do assediador.

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