Natal, 11 de março de 2025 – Por Danielle Castro
Servidores técnico-administrativos em educação de diversas instituições federais de ensino do país cruzaram os braços hoje em um Dia Nacional de Paralisação. A mobilização, convocada pela FASUBRA-Sindical, reivindica o cumprimento integral do acordo de greve firmado com o governo federal em junho do ano passado, após quase 120 dias de movimento paredista.
A principal demanda da categoria é o reajuste salarial de 9% que deveria ter sido aplicado em janeiro deste ano. O aumento, porém, está pendente devido à não aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) no Congresso Nacional. A tramitação da LOA encontra-se travada por disputas políticas, em especial pela exigência do relator do orçamento, senador Ângelo Coronel, de colocar a LOA em votação somente se o Supremo Tribunal Federal (STF) liberar emendas parlamentares que estão bloqueadas.
Os servidores também protestam contra a Medida Provisória (MP) 1286/2024, que altera a carreira dos servidores com pontos que não foram negociados durante a greve do ano passado. “Não vamos aceitar que o governo descumpra o acordo que fizemos após meses de luta”, afirma Celita Pessoa, coordenadora geral do SINTEST-RN.
Em Natal, o SINTEST-RN realizou um ato em frente à Faculdade de Odontologia da UFRN, na Avenida Senador Salgado Filho, reunindo centenas de servidores, além dos coordenadores da FASUBRA, Sandro Pimentel e Robertinho Luiz. A manifestação teve início às 9h e contou com discursos de representantes da categoria, além de faixas que dialogavam com a sociedade que transitava no local.
A paralisação de hoje é mais um capítulo na luta dos servidores técnico-administrativos em educação por melhores condições de trabalho e valorização profissional. A categoria promete intensificar a pressão sobre as administrações locais e o governo federal, buscando garantir o respeito aos direitos conquistados. “Vamos mostrar nossa força e unidade para que o governo cumpra sua palavra”, ressalta Celita Pessoa.
Fotos: