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A paralisação vai continuar em todo país até o governo apresente proposta que atenda os anseios da categoria

Por Passos Júnior

A greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, a exemplo das demais instituições de ensino superior federais do país, não tem previsão para terminar. A paralisação, que completa 50 dias nessa quinta-feira (13), só será encerrada quando o governo apresentar uma proposta que contemple as reivindicações da categoria. “A greve continua por tempo indeterminado e o momento é de acirramos a pressão contra o governo”, afirmou o diretor do SINTEST-RN, Francimar Honorato, em assembleia realizada nesta quarta-feira, 12, no Auditório da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, da Ufersa, em Mossoró.

Com mais de 130 participantes, a mobilização continua intensa nos quatro Campus da Ufersa (Mossoró, Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros). Até o momento o governo apresentou apenas proposta de reajuste de 21% parcelada em quatro anos, proposta essa descartada pela categoria. Os servidores técnico-administrativos das universidades reivindicam reajuste de 27% referente às perdas salariais. Até o próximo dia 19 de agosto, o governo ficou de apresentar uma nova proposta. Os técnicos querem ainda turno contínuo de 6 horas.

Durante a assembleia desta quarta-feira, 12, a categoria aprovou o envio de ofício ao presidente do CONSUNI, o reitor José de Arimatea de Matos, solicitando uma convocação extraordinária do Conselho Superior Universitário para ratificação de uma Moção de Repúdio assinada por representantes dos docentes, técnico-administrativos e estudantes contra os cortes ocorridos nas universidades, mais especificamente na Ufersa. “Queremos que o CONSUNI ratifique nossa Moção de Repúdio”, explicou Francimar.

A categoria também avaliou de forma positiva a mobilização realizada na semana passada, em frente à instituição, pela passagem dos 10 anos de transformação da Esam em Ufersa. “A nossa greve é a maior já ocorrida na história da instituição”, considerou Francimar Honorato, lembrando “nunca houve uma paralisação com tanta dimensão”. O diretor do SINTEST-RN elogiou a participação dos servidores mais jovens que estão dando exemplo de consciência política e de luta em defesa de seus direitos como servidores públicos.

Ao avaliar a conjuntura nacional, o servidor Alisson Bezerra, afirmou que duas categorias estão levando com todo fervor suas reivindicações a Brasília, os servidores das universidades e os do INSS. “Estamos fazendo muito barulho em Brasília e devemos continuar pressionando a nível local e nacional”, afirmou. A greve dos técnico-administrativos é geral e com relação aos professores a cada semana uma nova universidade adere ao movimento. A última foi a Universidade Federal do Piauí e a Universidade Federal do Ceará tem indicativo de greve marcado para o próximo dia 18.

O movimento grevista terá uma grande mobilização no próximo dia 21 de agosto, desta vez, na parte da manhã, quando o Fórum Oeste Potiguar de Greve, vai promover um ato público na Praça do Mercado, no Centro de Mossoró. O Fórum é formado por representantes do SINTEST-RN, ADUFERSA, ADUERN, IF-RN, INSS, FUNASA, além dos Sindicatos dos servidores municipais e estaduais.

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