Na manhã desta terça-feira, 5 de agosto, sindicatos, centrais sindicais, movimentos populares e organizações políticas realizaram um grande ato público em defesa da soberania nacional e dos serviços públicos. A manifestação teve início às 8h30, em frente à Prefeitura de Natal, e reuniu principalmente trabalhadores da educação do município, que denunciaram a privatização da merenda escolar.

A mobilização também teve como alvo a Reforma Administrativa e o Arcabouço Fiscal, duas medidas que ameaçam os direitos sociais e o serviço público. Com faixas, cartazes, palavras de ordem e discursos firmes, os manifestantes alertaram para os impactos dessas políticas sobre os servidores e a população que depende de serviços essenciais como saúde, educação e assistência social.

A Reforma Administrativa enfraquece o serviço público ao atacar a estabilidade dos servidores, abrindo caminho para apadrinhamentos políticos e terceirizações. Já o Arcabouço Fiscal foi duramente criticado por impor limites rigorosos aos investimentos sociais, comprometendo o funcionamento de políticas públicas fundamentais.

“Estamos nas ruas para barrar o desmonte do Estado brasileiro. A Reforma Administrativa e o Arcabouço Fiscal representam retrocessos inaceitáveis, que penalizam os trabalhadores e aprofundam as desigualdades. O que está em jogo é o futuro dos serviços públicos e o direito da população ao acesso universal e de qualidade”, afirmou Wellington Soares, coordenador jurídico do SINTEST-RN.

Além do SINTEST-RN, estiveram presentes centrais como CSP-Conlutas, CTB, CUT e Intersindical, e entidades sindicais como o SindBancários-RN, SindPrevs-RN e SINTE-RN. Diversos movimentos políticos e populares também marcaram presença, incluindo o Movimento Muda SINTE, PSTU, PSOL, POR, ART, PT, UP e PCBR.

Durante a caminhada pelas ruas da Cidade Alta, os manifestantes reforçaram a importância da unidade entre os trabalhadores e distribuíram panfletos para a população. As falas e intervenções destacaram o papel estratégico do Estado na promoção de justiça social, contrapondo-se à lógica de mercantilização dos direitos.

O ato foi encerrado com um momento simbólico: a queima da bandeira dos Estados Unidos, em protesto contra o “tarifaço” promovido pelo ex-presidente Donald Trump e em defesa da soberania brasileira.

Fotos: