A Coordenação do SINTEST/UFERSA participou na tarde ontem (23) de uma reunião convocada pela a reitoria para tratar de assuntos discutidos com o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, em Brasília, na última segunda-feira (20).

De acordo com Reitor Prof. José de Arimatea de Matos, antes de dar início à reunião, o Ministro mandou confiscar todos os celulares dos participantes para que nada fosse gravado. Além disso, o Ministro tinha autoridade para desligar o microfone dos participantes. A Reitora da UFRN, Ângela Maria Paiva Cruz, teve sua fala cortada diversas vezes.

Na reunião com o SINTEST e demais representantes de campus, bem como o DCE Romana Barros (UFERSA), o Reitor Prof. José de Arimatea confirmou a declaração de Weintraub, “O Ministro sugeriu que os C.A’s e DCE das universidades assumam as atividades de limpeza”. Além disso, também foi sugerido o uso da polícia militar nos campi como forma de economia, reduzindo gastos com pagamento de empresas de vigilância. A possível cobrança de mensalidade para cursos de pós-graduação também foi defendida durante a reunião.

“Eu nunca vi uma crise desse tamanho. Nós não temos mais educação pública, gratuita e muito menos de qualidade. Como a universidade terá qualidade com esses cortes? Cortar na segurança na universidade, é deixar todo mundo vulnerável a qualquer situação”, declarou Francimar Honorato, coordenador de comunicação do SINTEST/UFERSA.

Na reunião com Ministro da Educação, os reitores apresentaram o projeto de redução de despesas das universidades como alternativa para sobreviver ao corte de verbas. No entanto, de acordo com o Prof. José de Arimatea, Weintraub descartou os dados levantados. A princípio, esse projeto de redução possibilitaria o funcionamento da universidade até meados de outubro. Porém, a verba que hoje está disponível para a Universidade viabiliza o funcionamento só até julho. Na UFERSA, o corte foi em torno de 12 milhões de reais.

De acordo com o reitor, o custo com energia elétrica representa cerca de 28% na folha de pagamento da universidade. Além dos processos de economicidade que já existem na UFERSA, a instituição está adotando novas práticas. O prof. Arimatea informou que lâmpadas comuns estão sendo substituídas por LED. Em breve a Universidade vai emitir novas portarias para regularizar o consumo de energia na Instituição.

Para Kaliane Morais, coordenadora do SINTEST/UFERSA, “é muito preocupante ver que a universidade está sendo usada como moeda de troca para aprovar a reforma da previdência. Isso é preocupante demais. É necessário que a comunidade acadêmica tenha consciência da real situação em que a universidade se encontra”, destacou.

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