Veículos não tiveram acesso à Instituição chamando a atenção da sociedade para a greve dos técnicos administrativos que já ultrapassa dois meses sem nenhum avanço nas negociações.
Dezenas de carros parados em frente à Ufersa Mossoró chamou a atenção dos pedestres e motoristas que trafegaram pela Avenida Francisco Mota – BR-110 – na manhã desta quinta-feira, 29. Foi durante assembleia dos técnicos administrativos que se encontram em greve há 73 dias. A decisão para uma assembleia ao ar livre teve como finalidade alertar a sociedade e a toda comunidade acadêmica o descaso do governo federal para com a educação superior no país. Até às 10 horas da manhã os técnicos bloquearam a entrada de veículos na Instituição. Além dos servidores do campus de Mossoró, participaram grevistas de Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros, juntamente com uma representação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, do campus de Natal.
Com mais de 160 participantes na assembleia, os grevistas ratificaram a continuidade do movimento que atinge 52 universidades federais e 159 institutos federais de todo o país. Segundo Francimar Honorato dos Santos, coordenador do Sintest RN, os servidores das universidades são os que possuem, no executivo federal, o menor salário base. Atualmente o valor pago ao servidor de nível médio é de R$ 1,5 salário mínimo. Francismar alertou ainda para outras desvantagens como, por exemplo, o auxílio alimentação de apenas R$ 370,00, enquanto o valor pago no Tribunal de Contas é de R$ 800,00 e, da Procuradoria Federal de R$ 1.200,00. “Somos diferentes dos demais colegas”, questionou o sindicalista, ao denunciar o pouco caso do governo para com as reivindicações da categoria.
A manifestação contou com o apoio de grande parte dos estudantes e professores da Ufersa. O representante dos docentes, professor Domingos Fontenele, que a greve poderá ser aderida pelos professores da Ufersa a partir de junho. “O indicativo já foi aprovado e nos próximos dias será realizada reunião interna da categoria para definição da data”, afirmou. Já no IFRN a greve poderá ser deliberada na próxima quarta-feira, 04 de junho, quando vai acontecer assembleia geral da categoria. O anúncio foi feito pelo professor Fábio Procópio, representante dos docentes do IFRN na assembleia. Mais de 159 Institutos Federais estão em greve em todo o país há mais de um mês.
No âmbito da Universidade Federal Rural do Semi-Árido as mobilizações são intensificadas a cada ação. “Devemos fortalecer com pulso firme para a conquista das nossas reivindicações”, alertou Francismar Honorato, ao conclamar os servidores a permanecerem e se engajarem no movimento grevista.
UFRN – Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte as ações também estão sendo intensificadas, inclusive, com o fechamento da Reitoria. “Na copa vai ter luta”, avisou a coordenadora geral do Sintest RN, Vânia Machado, ao alertar os servidores da Ufersa para a importância do fortalecimento da greve como formar de dá mais visibilidade ao movimento, bem como promover o diálogo com os servidores e a sociedade em geral sobre os problemas que acometem a educação superior no país. Vânia aproveitou para convidar os servidores da Ufersa para intensa mobilização, marcada para o dia 23 de junho, em Natal.
A coordenadora geral do Sintest considerou como positiva as manifestações que estão sendo promovidas pelos técnico-administrativos da Ufersa. “Aqui, vejo muitos servidores novatos já engajados no movimento sindical, o que só fortalece a nossa luta”, considerou Vânia Machado. Ela enfatizou ainda a importância dessa renovação para o movimento sindical.
Fonte: Passos Júnior – Assecom Ufersa
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