O Dia Nacional da Consciência Negra é um dia para refletir sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e data coincide com o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, um dos maiores líderes negros do Brasil que lutou pela libertação do povo contra o sistema escravista.

É um dia para debater questões sobre racismo, discriminação, igualdade social e inclusão, além de promover a cultura afro-brasileira. O Dia Nacional da Consciência Negra foi instituído através da lei federa 12.519 de 2011, mas a adoção dos feriados fica por conta de leis municipais. Atualmente a data é feriado em cerca de mil cidades em todo o país.

Em Natal houve forte pressão do setor comerciário para a data não fosse instituída. Em 2014, a câmara de vereadores até aprovou o feriado, mas o então prefeito, Carlos Eduardo, voltou atrás quanto ao decreto publicado. Na época, a Federação das Indústrias (Fiern) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte (Fecomercio) emitiram notas à imprensa expressando sentimentos de insatisfação com a criação do novo feriado em Natal –  o que acarretaria em um feriadão prolongado, já que no dia 21 é celebrado o Dia de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira da capital potiguar.

Origem

O Quilombo dos Palmares ficou ‘famoso’ pela sua resistência e organização em diferentes aldeias interligadas. Considerado o maior quilombo territorial e temporal do Brasil (durou cerca de cem anos), ficava na Serra da Barriga, no atual município de União dos Palmares. A comunidade quilombola chegou a abrigar de 25 mil a 30 mil negros.

O dia homenageia o líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, que foi morto em uma emboscada pelas tropas coloniais brasileiras, em 1695, após sucessivos ataques ao Quilombo de Palmares. Zumbi teve sua cabeça exibida em praça pública.

Para discutir sobre racismo e opressão, neste 20 de novembro, o SINTEST/RN vai realizar um ato político-cultural a partir das 10 horas no centro de convivência da UFRN. A roda de conversa contará com a presença de Preta Rogéria, educadora popular e Tatiane Ribeiro, coordenadora da Rede Emancipa e Educação popular. A atividade também terá apresentação de capoeira.

 

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