Diante da negativa do Governo em receber a representação do movimento grevista e abrir negociação efetiva, o Comando Nacional de Greve,  instalado em Brasília, orientou suas bases a radicalizar o movimento.

Ao todo são 60 universidades em todo o país que aderiram ao movimento dos técnico-administrativos, fora as universidades dentre estas que estão com professores em greve. Outro setor da educação superior que também está em greve são os Institutos Federais, ou seja, a greve na educação no ensino superior é unificada.

Mesmo assim, faltando apenas dois dias para que a greve complete um mês, o governo Federal sequer respondeu ofício da Fasubra (entidade que representa a categoria nacionalmente) solicitando abertura de negociação. Ao contrário, na última sexta-feira, o Ministério do Planejamento enviou comunicado às universidades com ameaça de corte de ponto.

Ação radicalizada na UFRN

Na UFRN, o Comando Local de Greve promoveu esta manhã ação radicalizada em todo o Campus Universitário. As vias de acesso para carros foram interditadas. Apesar de ninguém ter sido impedido de entrar no campus, uma vez que todos os acessos para pedestres estavam livres, a atividade dividiu opiniões. Alguns se manifestarem positivamente, já outros não gostaram.

Ações como esta devem se repetir em todo território nacional e têm como objetivo chamar atenção de forma mais incisiva para o que está acontecendo que, para os trabalhadores, é o total descaso por parte do Governo que até agora ignora a greve.

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Nossas reivindicações

Específicas:

  • Piso de três salários mínimos e step de 5% (hoje o piso é de 1034 reais – o menor do executivo);
  • Racionalização de cargos ( correção da distorção: cargos que foram classificados abaixo do que realmente suas funções na prática realizam);
  • Reposicionamento de aposentados (alguns aposentados, com a mudança de carreira, ficaram abaixo do nível que estavam na carreira anterior. Como estão aposentados não podem crescer mais e voltar ao último nível. Reposicionar significa colocar esses aposentados no último nível na atual carreira também);
  • Mudança no Anexo IV (incentivos à qualificação horizontal e para todos.  Hoje não existe de modo igual para todos os trabalhadores, restringindo apenas um grupo a possibilidade desse benefício na carreira);
  • Devolução do vencimento básico complementar absorvido (VBC) – distorção criada com a implantação da nova carreira, quando alguns cargos receberiam menos que recebiam antes. Para não saírem prejudicados, criaram o VBC. No entanto, quando houve reajuste da tabela, esses trabalhadores em específico não receberam nada, apenas absorvendo o vencimento complementar. Devolver seria dar o direito desses trabalhadores terem acesso ao mesmo reajuste da tabela que os que não tinham VBC  tiveram em janeiro de 2006;
  • Isonomia Salarial e de Benefícios entre os Três Poderes (alimentação, creche, saúde e outros);
  • Luta contra a EBSERH (para os trabalhadores, significa privatizar os HUs e prejudicar o acesso da população que mais precisa deles);
  • Contra a MP 568/12 nos artigos que preveem a redução Salarial dos Médicos e Médicos Veterinários e da Insalubridade/Periculosidade;

Geral:

  • Luta contra a Terceirização, por concurso Público já!;
  • Por 10% do PIB para Educação;
  • Implantação da jornada ininterrupta de trabalho de 30h sem redução de salário;
  • Em defesa da Negociação coletiva com Data Base e definição da política salarial;
  •  Ascensão Funcional (em defesa da PEC 257/95)