Foto: Eduardo Mendonça

Num local feito da pluralidade de vozes, nos deparamos apenas com uma ecoando. A Universidade Federal Rural do Semi-Árido não vivenciava uma tentativa de silenciamento por parte da Reitoria para com a comunidade acadêmica há quase 30 anos. A última vez que isso aconteceu foi em 1991 quando uma manobra política retirou o professor José Torres eleito pela comunidade para o cargo de diretor da instituição.

A portaria 007/20221 publicada pela Reitora LUDIMILLA CARVALHO SERAFIM DE OLIVEIRA, 3 ª colocada da lista tríplice e nomeada reitora pelo Presidente Jair Bolsonaro, trata das “normas e procedimentos referentes à colação de grau remota nos cursos de graduação, em substituição às Cerimônias solenes e presenciais”. Em tempos de pandemia, essa é uma atitude sensata da gestora.O que não podemos aceitar é a atitude autoritária da reitora numa tentativa de silenciamento da comunidade acadêmica, quando o documento destaca que: Art. 9º. Durante a Cerimônia, os alunos representantes deverão abster-se de realizar atos que possam importar em ofensa e desrespeito aos demais integrantes da comunidade acadêmica, assim como protestos de qualquer natureza”.

Para mostrar a que veio, a portaria ainda reforça em “Parágrafo único: Em caso de protestos ou atos de desrespeito para com os integrantes da Cerimônia, a participação do discente será suspensa, podendo ser instaurado procedimento apuratório que poderá culminar em aplicação de pena de advertência, suspensão ou desvinculação da Instituição, conforme determina o art. 269 do Regimento.

A coordenação do Sintest/UFERSA repudia qualquer tipo de tentativa de silenciamento da comunidade acadêmica. Vivemos num país democrático onde a liberdade de expressão é um direito de cada cidadão.

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