O projeto visa parcerias público-privadas (PPP’s), ceder prédios, criar fundos com doações e até vender nomes de campi e edifícios, como em estádios

A Coordenação do SINTEST/UFERSA esteve reunida na manhã de ontem (23) com o Reitor Prof. José de Arimatea de Matos para discutir o “Future-se”, programa anunciado na última quarta-feira (17) pelo Ministério da Educação para criar um novo modelo de gestão das universidades e institutos federais. A reunião ainda contou com o Vice-Reitor Prof. José Domingues Fontenele Neto, o DCE e a ADUFERSA.

O “Future-se” visa parcerias público-privadas (PPP’s), ceder prédios, criar fundos com doações e até vender nomes de campi e edifícios, como em estádios. No entanto, para o reitor, “muito difícil esse projeto ser aprovado”, destacou o Prof. José de Arimatea.  Para poder receber recursos, as universidades e institutos federais deverão abrir mão da autonomia universitária e mudar sua função para lógica da iniciativa privada, transformando-se em uma empresa lucrativa antagônica a lógica constitucional dos objetivos das instituições. Para tanto, a base do conceito do projeto funda-se em três eixos: empreendedorismo, gestão e internacionalização.

A FASUBRA já tem definição de ser contra o projeto pela falta de participação democrática e voltada para interesses privados, apresentando a proposta de entrega das IFES para o mercado, o que foi chamado de projeto de publicização das universidades, em 1994.A Coordenação do SINTEST/UFERSA também segue a mesma linha deliberada pela FASUBRA. Uma comissão foi formada pela reitoria para avaliar o programa Future-se. Os representantes sindicais e estudantis da UFERSA se comprometeram em acompanhar as reuniões da comissão para avaliar todos os trâmites do projeto e abrir discussões com as categorias de base.

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