Aconteceu na tarde de ontem (28) a 11ª Assembleia Universitária da Universidade Federal, Rural do Semi-Árido, a UFERSA. Na ocasião, o Reitor Prof. José de Arimatea Matos apresentou com dados oficiais a real situação em que a universidade se encontra após o anúncio do corte de verbas na educação. O reitor também fez um relato de sua reunião com o Ministro, Abraham Weintraub, e demais reitores da UFRN e IFRN no último dia 20. A coordenação do SINTEST/UFERSA estive presente convocando a comunidade acadêmica para os atos marcados em defesa da educação nesse dia 30 de maio.

“Naquele momento não teve nenhuma perspectiva de que seria revertido o recurso. Nós temos verbas até setembro, mas a realidade é que nós precisamos hoje do limite de empenho, sem isso, nós não chegamos nem até julho. O bloqueio na UFERSA foi de 5,6%”, afirmou o reitor ressaltando que o impacto na UFERSA foi bem maior que o enunciado pelo governo.

O Pró-reitor de Planejamento, Álvaro Fabiano, destacou alguns pontos que serão afetados com o corte de verbas. “Um contrato que afeta diretamente o cotidiano de ensino da UFERSA, seria o de material de consumo dos laboratórios para os alunos que têm aula prática, em algum momento pode haver desabastecimento de material. Além disso, após os cortes e com precarização de várias atividades, nós teremos recursos para pagar energia, terceirização e manutenção até outubro”. Outra medida que afeta o funcionamento da universidade após os cortes, é a “suspensão de editais de pesquisa e extensão, alteração do horário de funcionamento de setores administrativos e possibilidade de redução de contrato de estagiários, por mais que a gente não quisesse mexer nos estagiários, se o cenário se perdurar, em algum momento teremos que mexer. Também haverá redução de atendimento do Hospital Veterinário que teve um corte 30% e suspensão do contrato de manutenção de equipamento”.

O Prof. Alvaro Fabiano mostrou didaticamente como está a questão do custeio da universidade e, mesmo que a UFERSA mantivesse apenas gastos essenciais de funcionamento com precarização dos serviços sem nenhum edital de pesquisa e extensão continuaria faltando recursos. Confira aqui a apresentação dos dados.

A coordenação do SINTEST/UFERSA esteve presente e destacou a importância da assembleia estudantil para alertar a população sobre a situação em que a universidade se encontra. “Nossa categoria de técnico-administrativo está muito preocupada com isso, porque os cortes irão afetar a qualidade da prestação de serviços da universidade. É importante demais a participação da comunidade acadêmica e o entendimento que a educação é transformação, então vamos a luta. Será o esquenta para apoiar a classe estudantil que estará nas ruas”, destacou Kaliane Morais, coordenadora geral do SINTEST/UFERSA.

Em Mossoró, haverá um ato pela manha, às 09:30 no centro de convivência da UFERSA, com a participação do SINTEST/UFERSA, ADUFERSA e DCE Romana Barros. À tarde haverá uma caminhada em defesa da educação saindo da praça em Frente ao Colégio Diocesano, às 15h, em direção ao Memorial da Resistência.

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