Na manhã desta sexta-feira (11/09) a direção do SINTEST/RN participou de uma reunião remota com o vice reitor da UFRN, professor Henio Miranda, e a Pró-reitora de Gestão de Pessoas, Mirian Dantas, para tratar de diversas demandas dos servidores técnico-administrativos.

A reunião durou um pouco mais de 3 horas e teve como pauta a IN 65, demandas dos vigilantes e dos hospitais universitários.

A cerca do não retorno às atividades presenciais, tanto a UFRN quanto o sindicato concordam que o momento ainda requer cuidados e portanto não é oportuno. Para o vice-reitor “saímos juntos, voltaremos juntos” e apesar de a universidade ter elaborado todo um protocolo de biossegurança, ainda não é hora de retomar as atividades presencias, exceto os serviços essenciais e poucos setores que envolvem atividades acadêmicas.

Questionada sobre o funcionamento das bibliotecas já que os estudantes precisarão emprestar livros para desenvolver as aulas remotas, Mirian Dantas disse que a universidade estuda a possibilidade de realizar uma assinatura digital em que os alunos terão acesso online a diversas publicações, mas não descartou a possibilidade de abrir as bibliotecas apenas para o empréstimo de livros, adotando um rígido protocolo de segurança.

O sindicato têm recebido diversas queixas de servidores da vigilância patrimonial e durante a reunião levou essas demandas ao reitor e à Progesp. Uma das queixas é sobre a perda de boa parte dos salários com o corte de horas extras, do adicional noturno e de periculosidade, o que faz com que nesse momento delicado os servidores afastados estejam enfrentando dificuldades financeiras. Alguns, inclusive, preferem retornar às atividades e buscaram a junta médica da instituição que, por sua vez, informou que só os liberaria mediante apresentação de exame negativo para a Covid-19. Desta forma, os vigilantes reivindicam que a universidade forneça os testes de Covid-19.

Em resposta, o professor Henio e Mirian se comprometeram em não medir esforços para disponibilizar os testes através do Instituto de Medicina Tropical da UFRN e antes mesmo de a reunião terminar, veio a boa notícia de que isso seria possível. Mirian, portanto, entrará em contato com a chefia da vigilância para identificar quais servidores farão o teste e quando poderão realizá-lo. A volta ao trabalho, no entanto, ainda será analisada.

Sobre a Instrução Normativa nº 65, Aparecida Dantes, coordenadora geral do SINTEST, pediu que a discussão ficasse para o pós-pandemia, mas em comum acordo ficou definido que o grupo de trabalho continuará formulando a proposta de regulamentação do trabalho remoto e após o documento pronto, será discutido se aguarda o retorno presencial dos servidores para um debate mais amplo.

Jane Damasceno e Celita Pessoa, coordenadora geral e coordenadora de aposentados do SINTEST respectivamente, levaram demandas de servidores dos HUs como a importância da manutenção da escala de trabalho 24/72h. Mirian Dantas e Rainete Medeiros, chefe do DAP, se prontificaram a solucionar a questão. Sobre o retorno de alguns servidores que estavam afastados, frisou-se que gestantes, lactantes e pessoas com alguma comorbidade não retornarão às atividades. O sindicato denunciou, ainda, a existência de um documento que a EBSERH está obrigando os servidores a assinarem, questionando sua legalidade. Mirian Dantas disse não ter conhecimento sobre o assunto e irá verificar do que se trata.

Por fim, a direção do SINTEST também questionou sobre os cortes nas horas extras incorporadas de alguns servidores, mesmo estes tendo entrado com ação judicial através do sindicato. De acordo com Mirian a universidade está cumprindo determinação do TCU (Tribunal de Contas da União) e quando é notificada sobre a liminar da ação judicial, os valores são reincorporados ao contracheque dos servidores. No entanto, informou que a universidade não tem como pagar os valores retroativos devido a não permissão do sistema operacional e que a alternativa para os servidores é requerer os valores corrigidos na justiça.

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