No país em que uma mulher é estuprada a cada 8 minutos temos que prestar solidariedade a Mariana Ferrer.

A Coordenação da Mulher Trabalhadora do Sintest/RN recebeu com profunda indignação a notícia publicada na última terça-feira (3) pelo The Intercept Brasil, e amplamente divulgada em sites e redes sociais sobre o caso de Mariana Ferrer.

De acordo com a reportagem, durante a audiência, o advogado de defesa do empresário André Camargo de Aranhao, acusado do crime de estupro, o defensor Cláudio Gastão da Rosa Filho, se refere como “ginecológicas” a fotografias profissionais feitas por Mariana em sua carreira de promotora de eventos e diz que não gostaria de ter “uma filha do teu nível” e ao vê-la chorar, diz que “não adianta vir com esse teu choro dissimulado, falso e essa lábia de crocodilo”.

E como os demais operadores do Direito presentes no momento, por sua vez, não teriam se manifestado acerca do absurdo ocorrido. A fala de Mari no momento foi, “Eu gostaria de respeito, doutor. Excelentíssimo, eu estou implorando por respeito. Nem os acusados, nem os assassinos são tratados da forma como eu estou sendo tratada. Pelo amor de Deus, o que é isso? Eu sou uma pessoa ilibada, eu nunca cometi crime contra ninguém”.

Diante de tais relatos, não podemos deixar de nos pronunciar com profunda indignação e, principalmente, nos solidarizar com a vítima que acabou sendo revitimizada ao buscar por Justiça.

Mulheres sofrem situações de violência diariamente e muitas vezes o rompimento do ciclo de violência e a denúncia de agressões se dá, dentre outros motivos, por situações como esta, que evidenciam a manutenção do machismo e a revitimização da mulher em nossa sociedade.

A ausência de justiça por Mariana Ferrer afeta não só a ela, mas a todas as mulheres do Brasil. Pedimos Justiça para Mari Ferrer!!!

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