Em mossoró, mais de 5 mil pessoas construíram a greve nacional da educação 

A greve nacional da educação, que tomou as ruas em cidades de todo o Brasil, também ocorreu em Pau dos Ferros, Caraúbas, Angicos e Mossoró, cidades que contam com campus da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).  O dia 15 de maio foi construído pelos técnicos-administrativos, sindicatos e representações estudantis, que organizaram uma grande manifestação na defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.

Em Pau dos Ferros, manifestantes saíram da praça de eventos do município rumo ao centro da cidade. Na ocasião,  participaram estudantes e trabalhadores das três instituições públicas de ensino superior da cidade (UERN, IFRN e UFERSA), além de integrantes da rede estadual e redes municipais de educação, bem como a população em geral.

Não bastassem os discursos inflamados contra os cortes orçamentários anunciados pelo Governo Bolsonaro, o ato ainda contou com a participação de artistas locais, que realizaram um momento de intervenção cultural com muita música e poesia, além da exposição de trabalhos acadêmicos, projetos de pesquisa e de extensão de alunos e docentes e dos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Ciência & Tecnologia da UFERSA e do IFRN.

À tarde manifestantes tomaram novamente as ruas de Pau dos Ferros, momento organizado por entidades estudantis, mas que também contou com a adesão da classe trabalhadora e do povo em geral. A caminhada teve início às 16:30, saindo da praça de eventos, percorrendo várias ruas da cidade, e com retorno para a mesma praça, já no período noturno.

De acordo com os participantes, o dia 15 de maio que marcou a greve nacional da educação, foi um dos maiores atos políticos organizados pelos que defendem a educação pública.

Já em Caraúbas, os manifestantes se concentraram no Posto Imperial e saíram em caminhada pelas principais ruas da cidade rumo a Praça Reinaldo Pimenta, no centro da cidade.

No final do mês abril, o governo anunciou o congelamento de R$ 1,7 bi dos gastos das universidades, de um total de R$ 49,6 bi. De acordo com a reitora da UFRN, a medida do governo Jair Bolsonaro deve afetar drasticamente a universidade que só deve funcionar até o mês de setembro.

Já na UFERSA, o Reitor Prof. José de Arimatea de Matos também já alertou que a universidade só tem recursos até setembro. “Só de custeio, estamos com 36% dos recursos bloqueados. Em relação aos investimentos, aos recursos de capital, o bloqueio é ainda maior, 48%. Caso isso não seja resolvido, teremos sérios problemas para fechar as contas no segundo semestre ao ponto de ter que suspender mais contratos de manutenção. Pelas nossas projeções atuais, só temos recursos para chegar até setembro”, alertou.

 

Em Angicos, a concentração começou às 15h na rodoviária, depois os manifestantes saíram em caminhada até a praça da matriz onde algumas pessoas defenderam a educação pública através de palavras de ordem. O Ato contou com cerca de 500 manifestantes.

Por último, em Mossoró, o ato seguiu em direção à Avenida Presidente Dutra, ocasião em que foi realizada uma ‘descida do Alto de São Manoel’ contra as medidas do governo Bolsonaro, agregando mais pessoas apoiadoras no caminho e seguindo em direção ao Centro. O encerramento se deu na praça do PAX, onde sindicalistas e estudantes discursaram perante a multidão. A manifestação foi considerada uma das maiores da história de Mossoró, sendo comparável à greve geral de 28 de abril de 2017.

Contamos com a contribuição do servidor Julius Victorius  com o texto e as fotos dos servidores Lélia Nascimento (Pau dos Ferros), Jalmir Dantas (Angicos), Roseane Gurgel (Caraúbas), Gelson Lezzi (Mossoró).

Com informações do G1 e ASSECOM UFERSA

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