Na tarde desta quinta-feira (03), o SINTEST/RN, o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), o SindSaúde-RN (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN), o SindPrevs-RN (Sindicato dos Trabalhadores Federais em Previdência, Saúde e Trabalho), o Sinai (Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do RN) e do Sintsef (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Estado do RN) realizaram ato público em frente ao Campus central do IFRN para “comemorar” o Dia do Trabalho.

 As entidades presentes no Ato Público ressaltaram que, na realidade, não há o que comemorar, visto que os governos federais, estaduais e municipais não estão atendendo às reivindicações das classes trabalhadoras.

Na ocasião, os representantes das entidades fizeram discursos e distribuíram notas à população, referente às lutas dos trabalhadores ali representados.

O evento seguiu com uma apresentação cultural com a cantora potiguar Swellen Pimentel, que acaba de lançar seu primeiro cd. Na sequência, foi dado início ao debate sobre previdência social com a presença do secretário de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social, Jaime Mariz e do vice-presidente da ANFIP (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), Floriano Martins.

Jaime Mariz iniciou o debate apresentando dados sobre a previdência social e afirmou que atualmente ela apresenta um déficit de 35%. Lembrou que dos 82 senadores, apenas um votou contra o projeto de lei. Disse, ainda, que a expectativa é de que o Funpresp inicie suas operações até em junho de 2013. Se o servidor tomar posse antes das operações iniciarem, ele pode aderir voluntariamente, se não, fica encaixado na regra anterior. Finalizou dizendo que nunca estivemos um Brasil tão democrático.

Floriano Martins rebateu algumas afirmações de Jaime, dizendo, inclusive, que na câmara mais de 130 deputados votaram contra o projeto de lei, o que representa um grande número. Também rebateu a informação do governo de que a seguridade social tem déficit de 35%.

Floriano chegou a dizer que “daqui pra frente resta lutar para minimizar o estrago que foi feito, já que a lei foi aprovada”. Disse ainda, que os servidores da antiga vão ser atingidos sim, mas num próximo momento, quando vierem os próximos governos. Segundo ele, os governos vindouros não vão aguentar o déficit que a previdência complementar vai gerar nos próximos 20 anos, conforme gráfico apresentado pelo próprio Jaime Mariz. De acordo com Martins, as medidas a serem tomadas pelos governos vão ser do tipo: acabar com a paridade e integralidade dos servidores, por exemplo, o que acabará prejudicando aqueles servidores que entraram no serviço público antes da lei entrar em vigor.

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